Medo de faltar dinheiro
Você tem medo de faltar dinheiro?
Por muito tempo, eu tive medo de faltar dinheiro, de ficar sem dinheiro. Pelo menos, era o que eu achava.
Mas, não, esse não era o meu medo real.
Eu tinha medo mesmo era de perder a minha liberdade por causa de dinheiro.
O que eu aprendi é que alinhar a minha organização financeira a minha essência mais profunda era a forma mais poderosa de construir a vida que eu desejava.
Mas para isso, era preciso eliminar o que não estava de acordo com a minha verdade.
É sobre isso que vamos falar nesse artigo.
- Por que é importante falar sobre o medo de faltar dinheiro?
- Modo Sobrevivência: o medo de faltar dinheiro só aumenta as chances de ele faltar ainda mais
- Como lidar com o medo de faltar dinheiro: alinhando organização financeira e essência
- O dinheiro nas 3 camadas da nossa psique
Por que é importante falar sobre o medo de faltar dinheiro?
Segundo a pesquisa “O bolso do brasileiro”, realizada pelo Instituto Locomotiva:
- 46% dos brasileiros dizem sentir ansiedade em relação a sua situação financeira
- 39% dos entrevistados contaram que adiam decisões financeiras pelo medo de encarar o orçamento
- 21% das pessoas relataram que evitam abrir boletos e extratos
Diante desses dados, fica claro um problema imediato na vida de boa parte dos brasileiros: adiar o controle financeiro ou evitar olhar para as finanças só agrava as dificuldades financeiras.
As dívidas viram uma bola de neve, a fatura do cartão vem além das possibilidades financeiras, o dinheiro não sobra para poupar…
Mas há ainda uma questão mais oculta: os problemas emocionais decorrentes desse estado contínuo de medo e ansiedade.
Esse medo frequente contribui para quadros de depressão, ansiedade e, até mesmo, burnout (sim, ganhar mais dinheiro pode parecer a solução dos problemas financeiros, mas a sobrecarga de trabalho, muitas vezes, é maior do que os benefícios alcançados).
Antes de continuarmos, é importante fazer aqui uma ressalva de que existe, sim, camadas sociais que, de fato, não possuem recursos para prover suas necessidades básicas.
Isso é uma questão que ultrapassa a esfera individual e necessita de ações coletivas e sociais para uma mudança de cenário. O medo dessas famílias tem origem em um perigo real e muito sério.
Mas eu também conheço muitas pessoas que, em tese, teriam um salário suficiente para prover mais do que suas necessidades básicas e, ainda assim, tem esse mesmo medo de faltar dinheiro.
Mas, por que isso acontece?
Modo Sobrevivência: o medo de faltar dinheiro só aumenta as chances de ele faltar ainda mais
A função fundamental do nosso sistema nervoso central é proteger nosso bem-estar.
Se ele detecta perigo, produzirá um alerta ao nosso corpo na forma de liberação de hormônios, que agem como uma defesa à suposta ameaça.
É ativado o chamado modo sobrevivência.
Nesse modo, precisamos de respostas rápidas para nos proteger da ameaça iminente (a famosa luta ou fuga) e, para que isso aconteça, nossos processos cerebrais mais racionais e lentos são como que “desligados”.
Passamos a agir de forma institiva e emocional. Sem pensar direito.
Por isso é que pode acontecer de fazermos um planejamento financeiro, tentar poupar recursos (usando toda a nossa racionalidade), mas, na prática, o resultado ser bem diferente (a emoção e os impulsos tomaram conta).
Se o dinheiro nos causa medo sempre que pensamos ou temos que lidar com ele, o nosso cérebro vai considerá-lo uma ameaça e fará de tudo para sair daquela situação de perigo.
Seja deixando de fazer o controle financeiro, seja gastando compulsivamente para obter um prazer imediato que acabe com aquele situação estressante e, consequentemente, com a fonte desse estresse (o dinheiro).
E qual a saída para essa situação?
Como lidar com o medo de faltar dinheiro: alinhando organização financeira e essência
A saída é fazer o nosso cerébro passar a associar segurança ao invés de medo em relação ao dinheiro.
E para que isso aconteça, não basta a educação financeira tradicional, fórmulas matemáticas ou técnicas complexas.
É preciso atuar nas camadas mais profundas da nossa psique, aquelas inconscientes.
Segundo o psiquiatra suíço Carl G. Jung, a nossa psique (nome atribuido, por ele, à totalidade dos nossos processos psicológicos) é formada por 3 camadas, 2 delas inconscientes e 1 consciente.
As partes inconscientes são as maiores responsáveis por nossos processos psicológicos, nossas decisões e nossas ações. Apenas uma pequena parte é processada pela mente consciente, que se desenvolveu mais recentemente e controla pouco de nossas vidas (ao contrário do que muita gente pensa).
Todas essas camadas interagem com o dinheiro de alguma maneira. E precisamos trabalhar nossa relação com o dinheiro em todas elas para conseguir equilibrar as finanças, começando pela mais profunda.
Pela nossa essência, até então, oculta.
O dinheiro nas 3 camadas da nossa psique
As 3 camadas da nossa psique são:
- Inconsciente Coletivo
- Inconsciente Pessoal
- Mente Consciente
No inconsciente coletivo, encontram-se os arquétipos.
Arquétipos revelam padrões de comportamento, traços de personalidade e respostas emocionais comuns a todas as pessoas e que não dependem de nenhuma experiência pessoal anterior dela.
Eles são ancestrais e repetidos ao longo de toda a história humana. E nos mostram a nossa essência mais profunda.
Eu utilizo, na minha metodologia, os arquétipos das deusas gregas, por vários motivos:
- A cultura grega é a base da nossa cultura ocidental
- Essas imagens ainda estão bastante vivas no imaginário coletivo (basta olhar filmes e séries que ainda são produzidos sobre o tema)
- Existem vários estudos no campo da psicologia sobre essas figuras arquetípicas, tornando o ensino mais didático
- São padrões de comportamento facilmente reconhecíveis em nós e nas mulheres com as quais convivemos
Isso explica, por exemplo, porque, para algumas mulheres, a maternidade é tão importante, como para a deusa nutridora Deméter, e, para outras, é sua carreira profissional que fala mais alto, como a deusa heróica Atena.
Entender que arquétipos estão atuando mais fortemente em nossas vidas nos ajudam a tomar decisões mais alinhadas a nossos valores e objetivos de vida, sem as distrações tão comuns em uma sociedade que incentiva o consumismo sem considerar nossas necessidades reais.
Já no insconsciente pessoal, estão nossas lembranças suprimidas, traumas emocionais que interferem na forma como lidamos com o dinheiro.
Se, por exemplo, na sua infância você teve experiências ruins em relação ao dinheiro, é possível que esteja enxergando ele como fonte de sofrimento e sabotando sua organização financeira por causa dessa crença.
Por isso, é tão importante descobrir que crenças vêm conduzindo suas ações e fazer uma reprogramação financeira para mudar, de vez, sua forma de ver e lidar com o dinheiro.
Por fim, na nossa mente consciente está a nossa racionalidade.
Ele deve ser usada para fazer e manter uma organização financeira que funcione na sua vida.
Essa é a base do Método Deusas do Dinheiro: atuar nas 3 camadas da sua psique para que sua organização financeira esteja alinhada a sua essência mais profunda e você consiga equilibrar as finanças e construir a vida que você deseja de forma leve e sem sacrifícios insustentáveis.
Quando entendemos o que nos motiva, a nossa verdade, e usamos a organização financeira para construir uma vida alinhada a essa verdade, passamos a ver o dinheiro não como fonte de dor, mas como fonte da nossa liberdade.
Liberdade de poder bancar nossas escolhas e viver como a gente acredita.
Se você quer entender mais sobre o medo de lidar com o dinheiro, te convido a assistir a essa aula onde eu falo mais sobre esse tema tão importante.