Descanso é luxo para você? Você se sente culpada quando não faz nada?

Dar conta de tudo, ser produtiva o tempo inteiro, superar as expectativas, comer demais ou de menos, viver sempre estressada, na correria, sem tempo para pausas, gastar todo o seu dinheiro (ou mais!), consumindo sem limites, são sintomas de que você não está se colocando em primeiro lugar e está se ocupando demais para não ter que lidar com a sua falta de amor próprio.

Nossa sociedade patriarcal entende produtividade como fazer o máximo de tarefas com o mínimo de tempo.

Acontece que, nós, mulheres, somos cíclicas. Ou seja, não estamos com a mesma energia todos os dias. Como as fases da lua, na fase ovulatória, estamos super produtivas, porém, na fase menstrual, queremos nós recolher, repensar processos. E não há nada de errado nisso.

Nosso planejamento deveria respeitar essa ciclicidade: deixar cada tipo de atividade para o período que ela será melhor exercida, e não olhar para o dia de 8h às 18h, como se fossem todos iguais em níveis de energia. Para homens, isso funciona bem, mas, para nós, mulheres, não.

Como a gente não consegue se encaixar nesse ritmo patriarcal, acabamos sentindo culpa por não atender às expectativas e criamos outros problemas, nos punindo, para não ter que lidar com o sentimento de culpa.

O culpado, no Direito, é aquele que comete crime e merece ser punido. Se você se sente culpada, vai buscar se punir e comprovar que você merece aquele sofrimento.

Eu vivi isso e sempre tenho que me policiar para que isso não aconteça, uma autocobrança por sempre estar fazendo alguma coisa (para os outros) e colocando as minhas atividades, que vão me levar a ter a vida que eu quero para mim, em segundo plano.

Porque não tem ninguém cobrando e me julgando por isso.

Só meu inconsciente, que vai dar um jeito de me comparar a outra pessoa, me culpar e manter esse círculo vicioso.

Entende como o autoamor e autoaceitacao é bem mais complexo do que um discurso de empoderamento ou só falar que se aceita?

Que autoaceitação passa necessariamente pelo autoconhecimento?

Você tem praticado o autoamor? Ou tem se colocado em segundo plano?

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